sábado, 10 de setembro de 2011

UNIDADE I CRIAÇÃO DIVINA- CORPO DÁDIVA DIVINA

Idade recomendada: 07 – 08 anos
Tema: cuidados com o corpo


ZÉ PEQUENO E SUAS MARAVILHAS




Era uma vez o Zé pequeno, menino inteligente, grande e forte.
Um dia, como costumava fazer sempre, Zé pequeno foi até a margem do riacho. Gostava de ver as águas
rolando nas pedras, admirar as flores e os pássaros, o sol espiando por entre as arvores.. . Sentia- se muito feliz com
tudo isso. Pois bem, foi nessa manhã que, seguindo seu c aminho, viu uma bengala deslizando nas águas do riacho.
Zé logo a reconheceu, era do tio Antão, um velhinho muito conhecido e querido de todos os moradores
daquele lugar.
Zé pequeno não teve dúvidas: entrou no riacho – a água batia- lhe nos joelhos – correu atrás da bengala e
conseguiu apanhá- la.
Tio Antão, muito agradecido, falou:
- Você é um bom menino, Zé. Por isso merece que eu lhe conte um segredo.
- Que bom! Conte, conte logo! – exclamava Zé.
E o velhinho contou, meio misterioso:
- Vivem em você duas maravilhas...
Zé ficou espantado!
- Em mim? Mas como eu nunca percebi?
- Pois é – continuou tio Antão – você pode nunca ter percebido as duas maravilhas... Mas estiveram sempre
em você... Elas nasceram com você.
- E como é que elas são? – perguntou Zé pequeno, curioso.
E o velhinho explicou:
- São delicadas.. . Muito delicadas.. . Tanto quanto esta linda borboleta que esta voando.
A atenção do Zé prendeu- se logo na borboleta que pairava no ar e observou seu grac ioso vôo até ela sumir.
- È mesmo muito delicada. Mas o senhor não me disse onde estão essas duas maravilhas que nasc eram
comigo.
Tio Antão sorriu e falou:
- Estão no seu rosto, filho. Você ainda não percebeu?
Zé percebeu logo.
- Meus olhos! Minhas duas maravilhas!
T io Antão tornou a falar:
- Sim, seus olhos... Duas maravilhas que Deus lhe deu. Graças a eles, você pode admirar as borboletas que
por aqui passou. Com eles, você pode ver o lindo azul do céu... As águas claras do riacho... O colorido das flores...
As árvores, os pássaros.. .





- E a sua bengala, hein tio Antão? Se não fossem eles, o senhor ficaria sem a bengala.
O velhinho deu uma gostosa risada. Depois, despediu- se e foi embora, recomendando:
- Proteja seus olhos, filho! Cuide bem dessas duas maravilhas.
Zé pequeno fic ou por ali, durante algum tempo, brin ando nas águas do riacho e olhando as coisas lindas
que o rodeavam.
De repente, um estouro – bum!
Zé correu para ver o que estava acontecendo. Não demorou muito e avistou alguns de seus amigos atirando
bombinhas.
- Venha! – gritou Paulo, o dono das bombinhas.
Zé pequeno chegou mais perto, mas ficou preocupado, lembrando- se das palavras de tio Antão.
- Isso é perigoso!... – disse ele. – pode explodir e matar alguém.
- Você está com medo, hein? – zombou Paulo – Deixe de ser medroso! Querem ver só?
E acendeu o pavio da bombinha. Mas nem teve tempo de soltá-la. O estouro foi acompanhado de um
desesperado grito de dor.




Num instante, passou toda a
alegria da gurizada. Paulo estava no c hão, com o rosto ensangüentado!
Zé pequeno, que era o mais forte e inteligente, ordenou logo:
- Vamos carregá-lo! Depressa!
Mas não foi necessário. Vários senhores se aproximaram e levaram o menino para o hospital.
Não demorou muito e todos souberam. Por pouco Paulo não ficara cego, mas os ferimentos eram muito
graves.
- Graças a Deus não aconteceu coisa pior! – refletiu Zé pequeno.
Depois, lembrando tio Antão, falou, pensativo:



- Meus olhos! Vou sempre cuidar dessas maravilhas que Deus me deu!
Fonte: Coleção conte mais – volume 2 – Fergs

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