sábado, 10 de setembro de 2011

O PEIXINHO AZUL



Era uma vez um lindo peixinho azul que morava num grande lago de águas azuladas.
Ele tinha companheiros: o peixinho vermelho, o pintadinho, o escamas prateadas, barrigudinho e vários outros
também bonitos e interessantes.
Quando o peixinho azul e seus amiguinhos saíam a passear, os velhos moradores do lago azul ficavam contentes
e tudo parecia estar em festa.
É que os peixinhos eram muito divertidos!
Nadavam de um lado para o outro iam e vinham agitando as barbatanas ruidosas e esquisitas, davam
cambalhotas, saltos enormes e corriam um atrás do outro num engraçado brinquedo de pega- pega.
E o fundo do lago tornava- se movimentado e colorido, cheio de c ores vivas e brilhantes. Certa vez, porém, um
grande silêncio se fez no fundo do grande lago. As lindas águas azuladas estavam tranqüilas, tão tranqüilas que
pareçam paradas.
É que os moradores do lago tinham ido descansar, dormir um pouco.
O silêncio permaneceu por algum tempo.
Nisto, as águas começaram a movimentar- se e apareceu o peixinho azul...
Era mesmo de esperar que fosse ele, pois gostava de nadar.
E lá estava no meio do lago, nadando para c á e para lá, com suas bonitas barbatanas de c or azulada. De
repente, o peixinho azul ficou curioso.
_ "Que haverá lá em cima?" pensou. _ "Será tão bonito como aqui?... Vou subir um pouco para dar uma espiadela".
E assim pensando começou a elevar- se nas mansas e azuladas águas.
A princípio meio assustado, depois mais corajoso, peixinho foi subindo, até que pôs a cabeça fora d’água.
_ Ui! Que susto! gritou todo trêmulo e mergulhando de novo. Que terrível clarão!... Quase fico cego! Mas peixinho
não desistiu de ver o que havia fora d’água.
Várias vezes voltou à tona, até que seus olhos se acostumaram com a forte luz que se derramava sobre as
águas.
Olhou, então, atentamente, para tudo o que cercava o grande lago.
_ Que maravilha! exclamou entusiasmado. Nunca vi coisa igual!
É que o peixinho azul via o lindo céu azul onde o sol, como uma grande bola de fogo, esparramava seus raios por
toda parte, iluminando e aquecendo tudo.
O peixinho azul olhou depois para a praia. Viu a c opa das árvores agasalhando passarinhos de penas coloridas e
vistosas que saltavam de galho em galho em alegres gorjeios; viu engraçados macaquinhos fazerem as mais incríveis
proezas; viu madurinhos frutos e lindas e variadas flores; viu crianças brincarem com pequeninos barcos a beira do
lago; e viu um assustado coelhinho perseguido por lanudo cão, enquanto belas borboletas, voando de flor em flor,
cortavam os ares com suas c ores brilhantes e vivas.
_ Que lindeza! Que pena meus amiguinhos não estarem aqui! exclamou, de repente.
E assim dizendo, agitou com rapidez as bonitas barbatanas azuladas e nadou para o fundo em busc a dos
amiguinhos.
Os peixinhos ficaram encantados e faziam perguntas e mais perguntas, tudo querendo saber.
O peixinho azul respondia sempre, todo importante, achando- se mesmo muito instruído. Foi então que
barrigudinho indagou, intrigado:
_Mas afinal, quem fez tanta beleza?
O peixinho azul encabulou. Na realidade, não sabia. Porém, como tinha o bom hábito de dizer a verdade,
respondeu logo:
_Não sei... Também gostaria de saber quem fez aquelas maravilhas.
_ E por que não perguntamos ao nosso rei? Falou peixinho vermelho. Ele sabe tanto!
_ É mesmo! gritaram os outros. Vamos procurá-lo.
E os peixinhos, curiosos e barulhentos, dirigiram- se ao palácio real, uma linda gruta cheias de c onchinhas de
todos os tipos.
O rei dos peixes apareceu logo e ouviu tudo com muita atenção. Depois falou muito sério:
_ Em minhas viagens a outras águas, tenho visto e aprendido muito. Hoje sei que há seres diferentes de nós e ouvi
os homens dizerem que tudo o que existe é obra de Deus, o únic o Criador de todas as coisas.
_ Deus?! exc amaram os peixinhos a uma só voz.
_ Sim, Deus! tornou a falar o sábio rei. Deus é que fez as belezas que o peixinho azul viu, isto é, o céu, as árvores,
as flores, os frutos, os animais, as pessoas.. .
_ E Deus fez o nosso lago! exclamou o barrigudinho, todo exibido.
_ Ora esta! Então Deus nos fez também! descobriu o peixinho vermelho.
_ Bravos! Bravos! gritaram os peixinhos, entusiasmados e encantados com a nova descoberta.
E o peixinho azul, adiantando- se, muito compenetrado, agradeceu ao rei, em nome de todos, os bonitos
ensinamentos recebidos.
Depois, em graciosos movimentos, os peixinhos desfilaram ante a gruta de conchinhas e voltaram a brincar nas
águas azuladas do grande lago.
(fonte: http://www.elogic a.com.br/users/informal/hist01.htm#peixinho

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