quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

UNIDADE I CRIAÇÃO DIVINA “CORPO DÁDIVA DIVINA


jardim - O Sapinho Quá-Quá, do Prof. Roque Jacintho







Quá-Quá era um sapinho.

Em tudo o que ia fazer, era sempre o último a chegar. Um dia, junto com seus irmãos, foi até o brejo para ensaiar os primeiros saltos.

A alegria era grande.Dizia a Mamae-sapo.

-Agora vocês verão como se dá um salto.

Saltou todos a aplaudiram.

-Já que aplaudiram é porque aprenderam a lição. Vamos todos pular, mas um de cada vez.

Cada um escolhia uma direção e... zapt!

Quando chegou a vez de Quá- Quá, todos ficaram a olhá-lo.

E o pobrezinho abaixou, abaixou, ensaiou, ensaiou, pulou e... Plaft!

Deu com o nariz numa árvore.

Só se via sapinho de barriga para cima de tanto dar risada.

-Outra vez! - disse a Mamãe-sapo.

Quá-Quá ensaiou novamente e... Zapt e... plaft!

Novamente estatelou-se contra uma árvore!

Todos os sapinhos caíram na gargalhada.

A Mamãe-sapo repreendeu todo mundo e preocupada aproximou-se de Quá-Quá.

Olhou bem nos seus olhos e lamentou:

-Quá-Quá tem um defeito na vista!

Sem perder tempo, procuraram o velho Coim-Coim, um sapo experiente e que todos confiavam.

Depois de examinar o sapinho, Coim-Coim concluiu que, pela primeira vez, estava diante de um sapo que precisava de óculos.

- Um sapo de óculos! - resmungou, coçando a cabeça.

E não houve jeito.

Quá-Quá passou a usar óculos.

Entretanto, por mais que caprichasse no estilo da armação dos óculos, estes não paravam no lugar.

Era ensaiar um pulo e... ploft... caíam os óculos ao chão! Quá-Quá, dessa forma, não podia mesmo saltar.

E um sapo que não salta era logo ridicularizado pelos próprios irmãos, contra a vontade da Mamãe-sapo.

Os danadinhos, mesmo sabendo das dificuldades de visão de Quá-Quá, não perdiam oportunidade de aborrecê-lo de todas as formas.

O pobrezinho sentia-se muito, mas muito infeliz.

Um dia, os sapinhos combinaram ir brincar na lagoa. A Mamãe-sapo, quando soube, foi logo dizendo:

-Cuidado com o Nico!

Aquele menino prende em uma gaiola quantos sapinhos ele encontrar... e não solta nunca mais!

-Tomaremos cuidado, mamãe.

Ela, no entanto, não ficou satisfeita e avisou:

-Se ele aparecer... sumam o mais depressa possível!

-Faremos isso, mamãe.

E foram, com pressa, para a lagoa.

Quá-Quá, com seus óculos mal-ajeitados, não quis perder a oportunidade de acompanhá-los até a lagoa.

E, por não saltar igual aos outros, seguia o alegre grupo, muitos e muitos metros atrás.

Vez por outra, ouvia os irmãozinhos:

-Quá-Quá, olha que o Nico vai te pegar!

Na lagoa, todos mergulhavam na água branquinha e brincavam de esconde-esconde nas pequenas ilhas e nos arbustos que ali cresciam. Quá-Quá, ficava à margem e ninguém se lembrava dele.

Num momento, porém, Quá-Quá ajeitou-se para um grande salto, mas seus óculos caíram; mesmo assim, corajosamente se arremessou sem direção certa e... Plaft! caiu junto de seus manos, que reclamaram com ele.

Em seguida, quase sem fôlego gritou:

-Nico! Nico vem vindo!

Os irmãos, apavorados, só então ouviram as pisadas do menino, já muito perto, que voava na direção em que eles se encontravam.Foi um corre-corre para se esconder.

Nico andou de um lado para outro, com sua terrível gaiola.

Todos os sapinhos estavam tremendo e suando, escondidos e muito quietos, assim como a Mamãe-sapo mandara. Nico cansou de procurar e, naquele dia, não pegou nenhum sapinho.

Depois de muito tempo, quando se afastou, os sapinhos saíram de seus esconderijos e, mais aliviados, se reuniramem torno de Quá-Quá.

-Puxa! - exclamou um dentre eles - Se não fosse o Quá-Quá estaríamos perdidos!

Voltaram para casa e contaram tudo à Mamãe-sapo.

A Mamãe-sapo, após ouvi-los, disse-lhes:

-Vejam, meus filhos! Ninguém deve ser desprezado por qualquer defeito que tenha! Se, de um lado faltou a visão a Quá-Quá, por outro, passou a ter tão bons ouvidos. E é capaz de ouvir melhor do que todos vocês juntos.

Eles concordaram.

-Ah! Se não fosse Quá-Quá!

A partir daquele dia, então, os sapinhos, quando iam a algum lugar, sempre convidavam Quá-Quá para lhes fazer companhia.Pulavam um pouco menos e, assim, todos iam juntos. Quá-Quá, de óculos, vigiava por eles!

*Texto adaptado por Silvana e Reinaldo
Bibliografia: -O Peixinho Azul -Roque Jacintho
historia "O Sapinho Qua - Qua"-Editora FEB




SUGESTÃO  DE ATIVIDADES 


VAMOS PINTAR O SAPINHO QUA QUA?


















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